O Projeto

Júbilo do corpo, comunicação pelo movimento e em movimento. Mas não o movimento específico, repetição mecânica de passos bem executados. A dança contemporânea é fluxo do interior para o exterior – do intimo, do estado, do país para “fora”.

Segundo Nietzsche, é verdadeiramente contemporâneo aquele que não coincide perfeitamente com o seu tempo, nem se adequa às suas pretensões. Os que se ajustam de maneira absoluta, que concordam perfeitamente com sua época, não conseguem vê-la, não podem manter seu olhar fixo nela. Por isso, a dança contemporânea é anacrônica, e mais ainda, não precisa de mensagem prévia, de histórias e trilha sonora completa – o corpo estabelece sua própria dramaturgia.

Palco para verdadeiras riquezas, o DANCON – Liga Cultural de Dança traz em sua programação um interessante recorte da nova geração de grupos de dança brasileiros e francês, além de oferecer workshops e conversas públicas, todos ministrados por artistas das obras executadas. Na curadoria, um olhar que extrapola a questão estética – dança contemporânea é, sobretudo, uma escolha política.

Assim, em sua primeira edição, DANCON promove o intercâmbio de saberes e oferece oportunidades de contato direto entre o público e os artistas. Com espetáculos, workshops e conversas públicas, em Governador Valadares e Belo Horizonte, pode se ter uma boa amostra do que vem sendo feito por companhias e artistas individuais de várias partes do Brasil e da França. Com apoio dos Correios e da Funarte, as atividades acontecem entre os dias 17 e 27 de setembro e terão entrada gratuita ou a preços populares.

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